IGREJA DE NOSSA SENHORA DO TERÇO (Recife, PE)
Semira Adler Vainsencher
semiraadler@gmail.com
Pesquisadora da Fundação Joaquim Nabuco
Semira Adler Vainsencher
semiraadler@gmail.com
Pesquisadora da Fundação Joaquim Nabuco
A pequena igreja de Nossa Senhora do Terço, situada no tradicional Pátio do Terço, no bairro de São José, encontra-se entre a rua Direita e a rua das Águas Verdes. Parece um "ferro de engomar", afirmam alguns: alta e esguia, como um campanário, e com uma torre, apenas.
Durante a presença holandesa no Recife, o conde Maurício de Nassau desejou atribuir uma cor moderna à cidade. Para tanto, no local onde se encontra o Pátio do Terço, ordena a abertura de canais, a drenagem de terras alagadas, o levantamento de trincheiras com fossos e estacadas, entre outros.
Quando os flamengos são expulsos, aquele lugar fica sendo conhecido como "a estrada da cidade, para quem viesse do lado do continente". Até as primeiras décadas do século XVIII, no começo da rua dos Copiares (chamada, hoje, de rua Cristóvão Colombo), existia um nicho, com uma imagem de Nossa Senhora, onde os viajantes se ajoelhavam e rezavam um terço à Virgem Santíssima. Como a localidade havia se tornado um ponto importante, a Igreja de Nossa Senhora do Terço foi ali erguida: na antiga rua dos Copiares.
A Irmandade de Nossa Senhora do Terço, por outro lado, só é instalada, na capela de Nossa Senhora do Terço, no dia 19 de setembro de 1726. Na metade do século XIX, tal capela já se encontrava quase demolida, quando, por iniciativa da Irmandade, o novo templo é construído.
Antes disso, porém, um acontecimento histórico tem lugar às portas da igreja: a condenação, à forca, do frade revolucionário da Confederação do Equador, Frei Joaquim do Amor Divino Caneca.
Entretanto, como ninguém se prestou a enforcar Frei Caneca, na igreja de Nossa Senhora do Terço, os soldados levaram-no a pé, por toda a extensão do Pátio do Terço, até o Largo das Cinco Pontas, onde o frade termina sendo morto a tiros de espingarda, junto à igreja de São José, a despeito da comoção popular.
A capela-mor e um dos altares da igreja de Nossa Senhora do Terço foram entalhados pelo mestre pernambucano José de Souza. No templo, pode-se apreciar um coruchéu (parte mais elevada de uma torre) de azulejos, com jarros ornamentais e uma balaustrada elegante; um sino; uma pequena cruz com anjos; uma janela com balcão de grade; um relógio e uma data: 1726.
Algumas imagens estão, também, presentes na igreja: Nossa Senhora do Terço, Senhor Bom Jesus, Santo Antônio, São João, São Brás, São Manuel da Paciência, Nossa Senhora das Angústias, São Sebastião, Santa Rita de Cássia e Nossa Senhora da Soledade.
Fontes consultadas:
Durante a presença holandesa no Recife, o conde Maurício de Nassau desejou atribuir uma cor moderna à cidade. Para tanto, no local onde se encontra o Pátio do Terço, ordena a abertura de canais, a drenagem de terras alagadas, o levantamento de trincheiras com fossos e estacadas, entre outros.
Quando os flamengos são expulsos, aquele lugar fica sendo conhecido como "a estrada da cidade, para quem viesse do lado do continente". Até as primeiras décadas do século XVIII, no começo da rua dos Copiares (chamada, hoje, de rua Cristóvão Colombo), existia um nicho, com uma imagem de Nossa Senhora, onde os viajantes se ajoelhavam e rezavam um terço à Virgem Santíssima. Como a localidade havia se tornado um ponto importante, a Igreja de Nossa Senhora do Terço foi ali erguida: na antiga rua dos Copiares.
A Irmandade de Nossa Senhora do Terço, por outro lado, só é instalada, na capela de Nossa Senhora do Terço, no dia 19 de setembro de 1726. Na metade do século XIX, tal capela já se encontrava quase demolida, quando, por iniciativa da Irmandade, o novo templo é construído.
Antes disso, porém, um acontecimento histórico tem lugar às portas da igreja: a condenação, à forca, do frade revolucionário da Confederação do Equador, Frei Joaquim do Amor Divino Caneca.
Entretanto, como ninguém se prestou a enforcar Frei Caneca, na igreja de Nossa Senhora do Terço, os soldados levaram-no a pé, por toda a extensão do Pátio do Terço, até o Largo das Cinco Pontas, onde o frade termina sendo morto a tiros de espingarda, junto à igreja de São José, a despeito da comoção popular.
A capela-mor e um dos altares da igreja de Nossa Senhora do Terço foram entalhados pelo mestre pernambucano José de Souza. No templo, pode-se apreciar um coruchéu (parte mais elevada de uma torre) de azulejos, com jarros ornamentais e uma balaustrada elegante; um sino; uma pequena cruz com anjos; uma janela com balcão de grade; um relógio e uma data: 1726.
Algumas imagens estão, também, presentes na igreja: Nossa Senhora do Terço, Senhor Bom Jesus, Santo Antônio, São João, São Brás, São Manuel da Paciência, Nossa Senhora das Angústias, São Sebastião, Santa Rita de Cássia e Nossa Senhora da Soledade.
Fontes consultadas:
FRANCA, Rubem. Monumentos do Recife. Recife: Secretaria de Educação e Cultura, 1977.
GUERRA, Flávio. Velhas igrejas e subúrbios históricos. Recife: Fundação Guararapes, 1970.
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