PRAÇA JOAQUIM NABUCO
Semira Adler Vainsencher
semiraadler@gmail.com
Pesquisadora da Fundação Joaquim Nabuco
Semira Adler Vainsencher
semiraadler@gmail.com
Pesquisadora da Fundação Joaquim Nabuco
A pequena e triangular Praça Joaquim Nabuco, situada no bairro de Santo Antônio, recebeu esse nome em 1915, como uma das homenagens ao grande abolicionista brasileiro Joaquim Aurélio Barreto Nabuco de Araújo. Antes, porém, o logradouro teve várias denominações: Praça Major Codeceira, Praça da Concórdia, e Largo da Concórdia.
Em um passado mais remoto, as águas do rio Capibaribe vinham até aquela Praça, alcançando a rua Nova e a rua das Flores, sendo o local chamado Porto das Canoas. A Praça Joaquim Nabuco fica bem próxima à Ponte Duarte Coelho e, dali tem início várias ruas: das Flores, Frei Caneca, Floriano Peixoto e da Concórdia. Esta última representa um dos pontos comerciais mais importantes do Recife.
Naquele logradouro público, funcionou a Confeitaria Glória – empreendimento onde foi assassinado João Pessoa, o Governador da Paraíba, no dia 26 de junho de 1930 - e as sorveterias Botiginha e Gemba – esta última pertencente a um japonês e destruída durante a Segunda Guerra Mundial. No centro da Praça, mais recentemente, existiu o prédio da Escola Modelo, que foi demolido em 1911. Havia, também, o Cinema Moderno, onde hoje se encontra uma loja comercial. Tal Cinema começou a funcionar como um teatro, tendo sido inaugurado no dia 15 de maio de 1913, com as óperas Cavalaria Rusticana e Os Palhaços.
Sabe-se que, na Praça Joaquim Nabuco, teve inclusive sua origem o Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano. O Instituto foi fundado no dia 28 de janeiro de 1862, em uma das dependências do convento do Carmo; passou, posteriormente, para a Biblioteca provincial do Mosteiro de São Francisco; e, depois, para um prédio na atual Praça Joaquim Nabuco. Dali, ele seguiu para o Ginásio Pernambucano, e mudou-se, definitivamente, para a casa de número 130 da rua do Hospício.
o centro da Praça, cabe ressaltar, está exposta uma estátua de bronze do abolicionista, apresentando sua mão direita levantada, como se estivesse discursando. O monumento foi esculpido pelo artista João Bereta de Carrara e inaugurado em 1915, em comemoração à extinção das Leis do Ventre Livre e dos Sexagenários. Próximo àquele monumento, há duas outras estátuas. A primeira, a Glória, uma mulher que coloca uma coroa de louros aos pés do abolicionista; e, a segunda, a de um escravo com os grilhões rompidos. No grande pedestal das estátuas, encontram-se gravadas as seguintes palavras:
A / Joaquim Nabuco / o / Povo Pernambucano.
Por fim, vale registrar que, na Praça Joaquim Nabuco, esquina com a rua da Concórdia, encontra-se o antigo restaurante Leite, um dos mais tradicionais da cidade do Recife. Neste restaurante, em mármore, há um registro à vitória daqueles que lutaram contra a escravidão, podendo-se ler as seguintes palavras:
13 de Maio de 1888. Homenagem do Insto. Pernambucano
aos Libertadores da Raça Escrava no Brasil. 13 de Maio
de 1905.
Fontes consultadas:
BRAGA, João. Trilhas do Recife: guia turístico, histórico e cultural. Recife: Assembléia Legislativa do Estado de Pernambuco, 2000.
CAVALCANTI, Carlos Bezerra. O Recife e seus bairros. Recife: Câmara Municipal do Recife, 1998.
FRANCA, Rubem. Monumentos do Recife: Recife: Secretaria de Educação e Cultura, 1977 .
ola, parabens por nos informar um pouco mais sobre essa grande figura historica brasileira,
ResponderExcluirvale lembrar que 2010 foi instituido o ano nacional de Joaquim Nabuco.Li alguma coisas que vc escreveu e admirei muito, apesar de ter conseguido apenas a resenha de
Uma Experiência com Menores de Rua Recife
admirei muito, faço pedagogia e quero trabalhar com menores infratores, vou tentar encontrar a sua obra,p´rovavelmente ela m ajudara muito, te desejo um bom trabalho.
PARABENS