segunda-feira, 18 de maio de 2009

FAROL ORANGE, AP

FAROL ORANGE (Amapá)

Semira Adler Vainsencher
semiraadler@gmail.com
Pesquisadora da Fundação Joaquim Nabuco

Por falta de recursos financeiros, e sob a alegação de que a navegação litorânea no extremo nordeste da Amazônia se dava muito afastada da costa, os primeiros registros do Farol Orange datam de 1947. Ele fica situado em oiapoque, no Amapá.

Após a Convenção das Nações Unidas para o Direito do Mar, realizada na década de 1920, a presença de um farol nas proximidades do Cabo Orange foi tida como de grande importância, pois, além de apoiar a navegação, funcionaria como um marco relevante, indicando os limites das águas brasileiras jurisdicionais.

O local escolhido para abrigar o farol apresentava, porém, muitos obstáculos à sua construção: o terreno era alagadiço, dificultando o desembarque de material; havia a predominância de manguezais (com raízes com quase dois metros de altura); e ele estava situado em plena mata equatorial, em um meio ambiente verdadeiramente inóspito, em se tratando de empreendimentos de obras arquitetônicas.

Devido a tais obstáculos, uma das estacas da base teve de ser fincada a 80 metros de profundidade. O Farol Orange possui uma torre de 50 metros, feita de tubulões metálicos, e levou 11 meses de labor ininterrupto para ser construído.

Nele, há uma placa de bronze onde pode-se ler:

Este farol, denominado Orange, demarca geograficamente o limite norte da contribuição da Marinha do Brasil à segurança da navegação de nossa costa. Sua luz assinala nossa soberania e a vigilante presença brasileira nas mais remotas plagas amazônicas pertencentes ao Brasil.


Fonte consultada:

SIQUEIRA, Ricardo. Luzes do novo mundo: história dos faróis brasileiros. Fotos Ricardo Siqueira; texto Ney Dantas. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2002.

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