FORTE DE PAU AMARELO (Pau Amarelo, PE)
Semira Adler Vainsencher
semiraadler@gmail.com
Pesquisadora da Fundação Joaquim Nabuco
Semira Adler Vainsencher
semiraadler@gmail.com
Pesquisadora da Fundação Joaquim Nabuco

Em 15 de setembro de 1703, uma Carta Régia ordenava a construção de um forte que servisse de defesa, já que o litoral se encontrava desprotegido para resistir a uma invasão inimiga.
O engenheiro Luís Francisco Pimentel ficou encarregado de desenhar a planta daquele forte. Em 1707, porém, a serviço da construção do monumento, o engenheiro morria afogado no rio Doce. O seu trabalho original, que foi pintado em aquarela, está presente no Arquivo Histórico Ultramarino, em Lisboa, Portugal.
Por isso, somente no ano de 1719, em uma região bonita e repleta de coqueiros da praia do Pau Amarelo, os portugueses começaram a edificação do Forte de Nossa Senhora dos Prazeres de Pau Amarelo. Vale ressaltar que os trabalhos só foram concluídos em 1738, apesar de haver duas muralhas e alguns alicerces que não puderam ser finalizados.
Em 1801, a fortaleza possuía 12 canhões de calibre 10 e 40. Dezesseis anos mais tarde, o monumento tinha uma artilharia composta por 3 peças de bronze, 24 peças de ferro, guarnição de 14 praças e um tenente no comando. Em 1808, depois que a planta do lugar chegou de Lisboa devidamente projetada e calculada, o Forte do Pau Amarelo passou por uma grande reconstrução.
A fortaleza é bastante ampla, sendo composta por duas guaritas em frente ao mar (para que os soldados controlassem a entrada dos invasores), casas de armas, nove banquetas, sete canhoneiras, uma rampa com 18 palmos de largura e 85 de comprimento, alojamento para a tropa, calabouço, paiol em forma de abóbada, casas para o comando e uma capela, cuja padroeira é Nossa Senhora dos Prazeres.
Vale salientar que o início da povoação de Pau Amarelo data da construção do Forte. O mesmo pode ser reafirmado em relação à Capela de Nossa Senhora do Ó, que fica situada nas proximidades da fortaleza e possui, em seu frontispício, a data de 1811.
Em 24 de maio de 1938, sob o número 84, o Forte de Pau Amarelo foi inscrito no livro das Belas Artes como Monumento Nacional.
Fontes consultadas:
BARBOSA, Antônio. Relíquias de Pernambuco – Guia aos monumentos históricos de Olinda e Recife. São Paulo: Editora Fundo Educativo Brasileiro, 1983.
SILVA, Leonardo Dantas. Pernambuco preservado: histórico dos bens tombados no Estado de Pernambuco. Recife: Edição do Autor, 2002.
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