segunda-feira, 18 de maio de 2009

FORTE DE SÃO FRANCISCO

FORTE DE SÃO FRANCISCO

Semira Adler Vainsencher
semiraadler@gmail.com
Pesquisadora da Fundação Joaquim Nabuco

No período do Brasil-colônia, a maior parte dos fortes era construída em alvenaria de pedra. Um dos exemplos é o Forte de São Francisco, situado na praia do Convento dos Franciscanos. Atualmente, encontra-se próximo da estação de rádio do Largo do Carmo, no quintal de um prédio particular que foi cedido pelo município de Olinda.

O Forte de São Francisco, uma obra do mestre-pedreiro e construtor Cristóvão Álvares, foi erguido em 1630 para a defesa da Vila de Olinda. De forma quadrangular, o monumento apresenta uma arquitetura simples e rústica, com pequenas molduras, possuindo apenas duas pequenas casas de armas e alguns canhões.

Vale salientar que, naquele local, antes da construção do Forte de São Francisco, existia uma pequena e rudimentar fortificação portuguesa, que foi edificada por ordem de Matias de Albuquerque, com o objetivo de defender a sua capitania.

Diferentemente das demais fortalezas, o Forte de São Francisco não possui um poço de água potável, tampouco torres de espionagem (ou guaritas), quartel para a guarnição ou capela. É um reduto de quatro faces, com uma larga rampa, e com as suas quatro peças de artilharia enterradas no chão.

Como estava bastante arruinado, o forte passou por uma reconstrução no ano de 1781. No Arquivo Militar do Rio de Janeiro há uma planta, com o seu perfil, assinada por Antônio Bernardino Pereira do Lago.

No governo de Caetano Pinto de Mendonça Montenegro, no começo do século XIX, o forte foi reconstruído em alvenaria. Por esse motivo, tornou-se conhecido, além de Forte de São Francisco, como Forte do Montenegro. Mais recentemente, a fortificação passou a ser chamada de Forte do Queijo.

Desde 29 de maio de 1984, cabe registrar, o Forte de São Francisco foi inscrito como Monumento Nacional, no livro Histórico nº 494.


Fonte consultada:

BARBOSA, Antônio. Relíquias de Pernambuco – Guia aos monumentos históricos de Olinda e Recife. São Paulo: Editora Fundo Educativo Brasileiro, 1983

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